04 fevereiro 2015

A.C Meyer | SEMANA DO AUTOR NACIONAL

"A.C. Meyer mora no Rio de Janeiro e é viciada em livros. Com sua mente inquieta, decidiu escrever seus próprios finais felizes. Ela tem a fórmula certa do sucesso para o gênero new adult. Mesclando diversão e romance, atinge o tom das comédias românticas que encantam do começo ao fim. Louca por você, seu romance de estreia, foi um sucesso entre as leitoras. Apaixonada por você promete mais romance e intensidade."

1. O romance "Louca por você" não se passa no Brasil. Por ser uma autora daqui, já recebeu críticas por escrever uma história que se passe fora do seu país?

Sim, já recebi, e o que posso dizer sobre isso é que é... estranho, digamos assim. Na minha concepção, não deixa de ser um tipo de preconceito. É o mesmo tipo de preconceito de quem fala mal dos "romances eróticos", dizendo que esse tipo de livro não é "literatura" ou ainda que autor nacional não escreve bem, por exemplo. Acho triste que em pleno 2015 ainda existam pessoas que tem esse tipo de preconceito. O livro sai da mente do autor. Ele é quem cria, idealiza e imagina a história, inclusive onde ela será ambientada. Tenho certeza que Louca por você não seria o mesmo se o livro fosse ambientado no Brasil. 

Na última semana, li um post interessantíssimo do autor de O Artífice, Tony Ferraz, em que ele fala exatamente isso: "O lugar em que um livro se passa depende de que tipo de cultura e clima o autor quer para o seu romance, querer gerenciar isso é o mesmo que querer podar as coisas que fazem a literatura ser o que ela é: A habilidade do homem de criar, imaginar e viajar através palavras."

Precisamos sim valorizar a cultura nacional, mas o autor também precisa ter liberdade para criar. Tenho certeza que Lewis Carrell não vivia no País das Maravilhas ao escrever a história de Alice. Então, leitores, aproveitem a criatividade dos seus autores favoritos. Leiam livros de autores nacionais, apoiem-nos, ajudem a divulgar e a quebrar o preconceito, independente de onde se passa a história. ;)

2. Você começou como uma autora independente. Cite uma das mudanças que sentiu nessa transição.

A principal mudança é a repercussão das coisas. Com o suporte de uma editora, o alcance é infinitamente maior. Um número muito maior de leitores tem acesso a obra, já que a editora tem um alcance que eu, como independente, dificilmente teria. Mas, o mais legal é poder focar apenas em escrever e divulgar o livro, já que o processo de produção e distribuição já não fica mais comigo. 

3. A Julie tem alguma coisa de você?

Sim, a Julie tem muito de mim. Ela é uma mulher batalhadora, otimista, que acredita nos seus sonhos e no amor verdadeiro. Assim como eu. 

4. Se você pudesse falar com todos os autores independentes do Brasil agora, que dica daria para eles?

Escrevam, escrevam e escrevam. Escrevam muito. A prática faz o resultado ser cada vez melhor. Não deixem de contratar um bom revisor para seus livros (Importantíssimo!!). Invistam numa capa legal, que tenha a ver com você e com a história. E nunca deixem de divulgar :)
Não é um caminho fácil, mas é recompensador! 

Um comentário:

  1. Minha diva, das Divas!!!
    Adoro essa pessoinha, ainda não a conheço pessoalmente, mas é como se já nos conhecêssemos <3

    Lucas, parabéns por essa incrível semana :DD

    Beijos!
    http://aculpaedosleitores.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir