06 junho 2014

Carta para Augustus Waters.

Carta a alguém que nunca conhecerei, mas que eu teria o prazer imenso de conhecer, caso isso viesse a acontecer.
Querido Augustus Waters,
sei que você é um personagem de livro. Então, não, não sou louca. Mas me permita, pelo menos, alguns minutos de insanidade ao escrever esta carta para você - pelo menos, assim, me contentarei.
Estou muito feliz em ler uma história tão comovente e bonita, ao retratar a luta e o amor, de maneira tão surpreendente, em situação nada convencional. Acho que o amor surge justamente nesses momentos, nos mais inapropriados. Isso me fez ter vontade de viver um amor como o seu. É tão bonito. Dá gosto de ver. De viver. E é por isso que sinto-me na missão de vir aqui, registrar o meu apreço pela sua história.
Gosto tanto de você, assim, de maneira natural, que gostaria que você existisse. Se você existisse, poderíamos conversar - caso você aceitasse, obviamente. Falaria, então, do seu amor; perguntaria a fórmula e você, inteligentemente, diria que não existem fórmulas, com suas argumentações bem fundamentadas. E então, do amor, partiríamos para questões sobre a vida. Questões filosóficas. Você acredita em vida após a morte, não? Pois é! Também acredito, sabe? Como você bem disse, não que a gente vá viver em uma nuvem, mas "acredito em Algo. Com "A" maiúsculo". É isso mesmo. Só que, ultimamente, ando-me perguntando: e se não existir nada mais? E se "o fim" for mesmo o fim? A nossa existência teria sido em vão? Não pode!
É por isso que procuro fazer a diferença, nas pequenas coisas, quando me lembro que PRECISO fazer a diferença. Entende? Não quero que a vida passe de maneira apressada. Quero que os momentos durem, eternizem. Até porque, "alguns infinitos são maiores que outros". E podemos viver infinitamente, se quisermos. Você me ensinou isso, nas entrelinhas. Ou, melhor, nas linhas.
Linhas escritas que guardarei comigo durante muito, muito tempo. Foram grandes lições. Sua vida, seu amor, seu jeito, seu modo de pensar, me faz querer ser assim. Você é grandioso. Sua existência - ainda que num livro - é grandiosa. E sinto angústia por você estar preso, ao que parece, a um livro.
Caso você exista - por que não?! -, em algum lugar do mundo, saiba que existe alguém que se importa com você. Que gosta de você. Que quer muito te conhecer. Combinado? Telepaticamente, está combinado? Caso sim, te espero. Caso não, continuo a te esperar, indefinidamente.

*Carta escrita em 15 de fevereiro de 2014, quando terminei de ler o livro. Achei propício postar no blog, hoje, tendo em vista a estreia do filme, essa semana. Okay?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário