27 setembro 2014

O palco da vida

Considero o palco como um laboratório das decisões que a gente toma na vida. Ao menos, foi o meu laboratório para decidir de uma vez por todas o que eu realmente quero ser até o final da minha vida. Decisão de peso para um garoto de 16 anos, mas que nunca foi um pesadelo. 

Desde a infância estava muito claro o meu caminho como escritor. Há um caderninho que confirma isso. Portanto, será que a vida é unidirecional? Descobri no palco.

Esse é o segundo e último ano que minha escola programa um projeto de crítica social: o rap! Cada grupo compõe um rap e os melhores são apresentados ao público no dia da Mostra Científica (aquelas famosas feiras de ciências,sabe?)

 

Minha primeira vez no palco foi quando fiz teatro. Fiz duas apresentações, estudei por dois meses. Com isso, descobri: eu não sou ator!



Para que eu descobrisse que não sou cantor, foi fácil. Era só cantar e descobrir. Mas, o rap é um discurso mais que canto. Então, topei cantar quase tudo.

 

Só que dessa vez, algo inédito aconteceu no palco. Descobri o não.


 

Quando entramos, o público gritou, bateu palmas. Mas, na direita, haviam jurados que escolheriam apenas três grupos para serem pontuados. Fizemos nosso melhor e apresentamos coisas que ninguém apresentou até o dado momento. 

 

Logo em seguida, eles disseram que dariam vinte minutos e tornariam para dizer o resultado. Logo após pouco mais de vinte minutos recebemos o não. Não passamos.

 

Mas, esse não foi especial. Às vezes, a gente põe todo nosso trabalho em alguma coisa, depositam fé em nós, mas nem sempre chegamos onde desejaríamos.

 

O palco me ensinou, mais uma vez, que em um espaço há várias possibilidades. Portanto, dessa vez, o não permitiu o amadurecimento. Há dias de sim. Há dias de não.

 

O mais importante: aprendi que quando a gente recebe um não, não necessariamente quer dizer que somos fracasso. Muito pelo contrário! O não possibilita o exercício para sermos mais vitoriosos do que JÁ somos! 



 



2 comentários:

  1. Pelas fotos percebi que a apresentação foi linda. Porém mais lindo ainda foi seu texto.
    Você não parece ter 16 anos Lucas... Qdo vc escreve, principalmente textos que nos leva a refletir (não sei se foi essa sua intenção com esse, mas me levou a tal), parece um senhor de 70 anos, com toda uma experiência de vida nas costas pronta para ser espalhada.
    E isso é ótimo! É ótimo uma pessoa tão jovem ser tão madura e escrever tão bem. É ótimo passar por aqui e sempre carregar alguma coisa positiva.
    Beijos
    aculpaedosleitores.blogspot.com.br

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    1. Fico tão feliz em ler isso, Bia! Muito obrigado!!!! <3

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