1. Em que momento da sua vida descobriu que gostaria de ser escritora?
Eu
escrevo desde pequena, mas nunca havia pensado em levar isso como
profissão. Quando era criança, adorava criar livrinhos. Na adolescência,
me dediquei mais a escrever versos e poemas. Depois, quando estava na
universidade, passei para as histórias longas, escrevendo alguns
romances de brincadeira para minhas amigas, como uma forma de superar os
momentos que ficava sozinha em Minas. Em 2008, minha irmã Flávia
começou a me incentivar a tirar os textos da gaveta e escrever para
publicar e resolvi me arriscar nesta nova carreira, começando a escrever
Até Eu Te Encontrar. Em julho de 2009 terminei o livro, que está sendo
publicado agora, dois anos depois.
2. O que o escritor tem de especial?
Não
sei se o escritor tem algo especial (risos). Talvez uma imaginação
muito fértil e muita criatividade para criar histórias e personagens. E,
claro, é uma pessoa apaixonada pela leitura e por escrever.
3.
Suas histórias se passam em Minas e a gente sabe que você cursou
Agronomia lá, o que possibilita você ter conhecido mais o lugar para
escrever sobre ele. É essencial o conhecimento profundo do cenário para a
escrita?
Eu
acredito que sim. Cada autor prefere fazer uma história do seu jeito,
mas quando começo a criar um novo livro, eu gosto de pesquisar muito
sobre tudo o que vai ter nele, inclusive os lugares. Não acho que o
escritor deve criar livros apenas em cidades que ele conhece, se ele
pesquisar muito, profundamente, vai passar a conhecer a cidade que lhe
interessa. Hoje em dia temos a internet que ajuda bastante. Você pode
decidir que seu livro se passará em Recife sem nunca ter estado lá,
basta usar o Google a seu favor. Um bom escritor é aquele que pesquisa
muito, que gosta de fazer isso porque é algo essencial para as
histórias.
4.
O escritor sempre leva um pouco de si para o personagem. Qual é o seu
estado de espírito quando está escrevendo? Você busca estar mais neutra?
Até que ponto você leva de si para o personagem?
Eu
tento me distanciar, não acrescentar nada de mim. Claro que isso é
difícil, mas gosto de pensar em cada personagem como alguém real,
dando-lhe características distintas. Não gosto de me projetar nos
livros, embora agora tenha começado uma história onde pus muito de mim
na personagem. Vamos ver se dá certo, se fica uma personagem legal. Se
ficar chata, terei que mudar muita coisa na história (e talvez em mim
mesma – risos).
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