11 fevereiro 2015

Graciela Mayrink | SEMANA DO AUTOR NACIONAL

1. Em que momento da sua vida descobriu que gostaria de ser escritora?

Eu escrevo desde pequena, mas nunca havia pensado em levar isso como profissão. Quando era criança, adorava criar livrinhos. Na adolescência, me dediquei mais a escrever versos e poemas. Depois, quando estava na universidade, passei para as histórias longas, escrevendo alguns romances de brincadeira para minhas amigas, como uma forma de superar os momentos que ficava sozinha em Minas. Em 2008, minha irmã Flávia começou a me incentivar a tirar os textos da gaveta e escrever para publicar e resolvi me arriscar nesta nova carreira, começando a escrever Até Eu Te Encontrar. Em julho de 2009 terminei o livro, que está sendo publicado agora, dois anos depois.
 

2. O que o escritor tem de especial?
Não sei se o escritor tem algo especial (risos). Talvez uma imaginação muito fértil e muita criatividade para criar histórias e personagens. E, claro, é uma pessoa apaixonada pela leitura e por escrever.


3. Suas histórias se passam em Minas e a gente sabe que você cursou Agronomia lá, o que possibilita você ter conhecido mais o lugar para escrever sobre ele. É essencial o conhecimento profundo do cenário para a escrita?
Eu acredito que sim. Cada autor prefere fazer uma história do seu jeito, mas quando começo a criar um novo livro, eu gosto de pesquisar muito sobre tudo o que vai ter nele, inclusive os lugares. Não acho que o escritor deve criar livros apenas em cidades que ele conhece, se ele pesquisar muito, profundamente, vai passar a conhecer a cidade que lhe interessa. Hoje em dia temos a internet que ajuda bastante. Você pode decidir que seu livro se passará em Recife sem nunca ter estado lá, basta usar o Google a seu favor. Um bom escritor é aquele que pesquisa muito, que gosta de fazer isso porque é algo essencial para as histórias.


4. O escritor sempre leva um pouco de si para o personagem. Qual é o seu estado de espírito quando está escrevendo? Você busca estar mais neutra? Até que ponto você leva de si para o personagem?
Eu tento me distanciar, não acrescentar nada de mim. Claro que isso é difícil, mas gosto de pensar em cada personagem como alguém real, dando-lhe características distintas. Não gosto de me projetar nos livros, embora agora tenha começado uma história onde pus muito de mim na personagem. Vamos ver se dá certo, se fica uma personagem legal. Se ficar chata, terei que mudar muita coisa na história (e talvez em mim mesma – risos).

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