12 fevereiro 2015

LEILA REGO | SEMANA DO AUTOR NACIONAL

1. Em que momento da sua vida descobriu que gostaria de ser escritora?
A escritora que existe em mim aflorou há bem pouco tempo, sete anos atrás para ser mais exata. Sou formada em Turismo, trabalhei muito tempo como Analista de Recursos Humanos, mas não era feliz com o que fazia. Buscando meios de extravasar o estresse que eu sofria no meu trabalho, eu comecei a escrever. Deixava minha mente vagar e ia escrevendo em um caderno. Escrevia contos, crônicas, historinhas infantis... Dessas histórias, nasceu Mariana, protagonista da série PNTS. Gostei tanto da personagem que fui criando um ambiente para ela, depois um enredo, outras personagens... Sentia tanto prazer ao escrever a história da Mariana que eu me via em sua história, querendo criar mais coisas, mais cenários, mais complicações... E foi assim, dessa forma natural e despretensiosa que me tornei escritora e hoje tenho 4 livros publicados: Pobre Não Tem Sorte, Pobre Não Tem Sorte 2, Amigas Imperfeitas e A Segunda Vez Que Te Amei .

2. O que o escritor tem de especial?
Como leitora e fã de vários escritores, acho que o que eles têm de especial é a magia em transformar ideias, muitas vezes batidas, em histórias lindas. Eu adoro romances, e romances nada mais são do que histórias de amor. E como isso é antigo! (risos) Mesmo assim, os escritores dão sua versão, com pontos de vista diferentes, e criam personagens variados para contar uma história de amor. Essa é a grande magia da literatura!

3. Sabemos que, aos quatro anos, você se mudou com sua família para Alta Floresta, Mato Grosso, onde segundo você, não havia sequer energia elétrica. Você acha que isso possibilitou um contato maior com os livros e, consequentemente, a vontade de escrever?
Me aproximou dos livros sim. Mesmo porque, não havia variedade de entretenimento. Nossas brincadeiras eram todas baseadas na imaginação e criatividade. Além da distância, falta de energia elétrica, e consequentemente sem eletrônicos, meus pais não tinham uma vida financeira que nos proporcionassem muitos brinquedos. Apesar das dificuldades, eles sempre davam um jeito de comprar livros novos. Foi desta forma que criei o hábito de ler. Porém, na época eu não imaginava escrever, me tornar escritora. Isso aconteceu bem mais tarde e por consequência de outros fatores.

4. Até que ponto o espaço e o escritor influenciam na história?
Dependendo da história e a maneira como ela é narrada, às vezes, o próprio espaço se torna uma personagem do livro devida a grande influência nas ações das personagens. Um bom exemplo disso, é o livro O Cortiço de Aluísio Azevedo. Onde o próprio cortiço de torna uma “personagem” da história.

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