31 maio 2015

A última vez


Toda vez que minha vó vem passar uns dias aqui em casa, sinto o tempo passar tão rápido quanto o prazer do chocolate que ela faz pra gente. Sempre é assim: às 17 horas toca uma buzina no portão. Deixo o carro cinza entrar. Tiro o som, as malas, a batedeira, as frutas e os dois bolos embalados. Depois disso, só lembro de um abraço bem demorado e ela me dizendo que cresci demais em um mês.

Acordo às cinco da manhã ao bater da porta e avisar que "já são cinco". Tempo, tempo, tempo, tempo, tempo. 

Já é sexta e ela está arrumando a mala, revisando o que guardou para não esquecer de nada. Me dá um beijo, deixa benção, vai e eu fico pedindo pra Deus deixar ela pra sempre.

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